MASP e PDCA: quais são suas diferenças?
MASP e PDCA são duas metodologias conceituadas na gestão da qualidade — inclusive na qualidade em saúde — e ambas têm o objetivo de fomentar a melhoria contínua nas organizações. A sigla MASP quer dizer Metodologia de Análise e Solução de Problemas. Já PDCA vem das palavras em inglês Plan (Planejar), Do (Fazer), Check (Checar) e Act (Agir).
Tanto o MASP como o PDCA atuam para identificar problemas ou não-conformidades em processos nas empresas, e podem ser usados no desenvolvimento de produtos, na melhoria de processo, na otimização de estratégias, entre outras situações.
Neste artigo vamos entender, em detalhes, no que consiste cada uma das metodologias, as etapas de desenvolvimento, as diferenças entre elas e muito mais. Fique até o final para conferir o conteúdo completo.
Boa leitura!
Etapas do MASP
O MASP, ou seja, a Metodologia de Análise e Solução de Problemas, é desenvolvido a partir de oito etapas. Apesar de ser necessário seguir cada elemento dessas etapas, por vezes será preciso retroceder para conseguir alcançar bons resultados.
Detalharemos isso a seguir, onde também mostraremos cada uma das etapas do MASP:
1. Identificação do problema
Nessa etapa, é preciso especificar o exato problema. Parece simples, mas não é. É preciso descrever o problema de forma bem delimitada, para não generalizá-lo demais e assim atuar em causas e consequências que não fazem parte da problemática em si.
2. Observação
As equipes que atuam naquele processo, junto à liderança, se dirigem ao local da ocorrência do problema. Ali, eles procuram obter o maior número de informações possível sobre ele, como as consequências dele e suas prováveis causas. Algumas ferramentas que podem auxiliar nessa etapa são a folha de verificação, Diagrama de Pareto, brainstorming, histogramas e gráficos de controle.
3. Análise
Agora, as equipes levantam hipóteses para entender o problema. Além disso, estudam casos de ocorrências parecidas na literatura, estatísticas, relatórios e as informações disponíveis captadas durante o processo de observação. Aqui, pode-se utilizar o brainstorming, o diagrama de causa e efeito e o Gráfico de Pareto.
4. Plano de ação
Após identificar as causas do problema e a forma como ele se manifesta, agora é hora de estabelecer que ações serão realizadas para solucioná-lo.
5. Ação
É a hora de aplicar as ações propostas no plano de ação. Para que a metodologia seja executada com sucesso, é importante observar que nenhuma ação pode ser executada fora daquilo que fora definido no plano anterior. Se isso acontecer, todo o processo estará prejudicado.
6. Verificação de resultados
Nessa etapa, são avaliados os resultados obtidos após a implementação das ações. O principal resultado esperado, naturalmente, é a resolução dos problemas anteriormente observados. Se estes não forem sanados, será preciso reiniciar o processo.
7. Padronização
Se as ações tiverem tido resultados positivos, elas devem tornar-se um padrão na organização, de modo que sejam aplicadas em eventuais casos similares e evitem a reincidência do problema. Com base nesses padrões, elaborados por meio de fluxogramas ou POP (procedimento operacional padrão), podem também ser estipuladas operações preventivas e de melhoria contínua.
8. Conclusão
A última etapa do MASP serve para que os envolvidos no processo reflitam sobre o ocorrido, analisando a causa do problema, inconsistências na hora de solucioná-lo e possíveis consequências (boas e ruins) das ações implementadas.
É muito importante, também, documentar e registrar todo o processo, desde a descoberta do problema até o encontro de soluções e resultados obtidos. Esse registro servirá para que futuros funcionários consigam entender o nível de maturidade da empresa na resolução de problemas.
Etapas do PDCA
Para identificar e solucionar problemas com a ajuda do PDCA — sigla que deriva das palavras Plan (Planejar), Do (Fazer), Check (Checar) e Act (Agir) — é necessário seguir quatro passos simples. Conheça-os a seguir:
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Plan — Planejar
Nesta fase, são estabelecidos os objetivos e as metas do ciclo, definindo o problema que será resolvido. Além disso, é criado o projeto, sendo realizada a definição de informações importantes como métodos e a já mencionada meta do ciclo.
2. Do — Fazer
Essa é a hora de executar as ações traçadas no planejamento, verificando atentamente os passos estipulados. Caso algo saia errado, é preciso retornar à fase anterior para analisar os motivos da falha e reelaborar o planejamento. Caso contrário, passa-se para a fase seguinte.
3. Check — Checar
Ao mesmo tempo em que o plano de ação é implementado, é preciso checar a sua execução, realizando um monitoramento sistemático das atividades executadas e comparando-as com as atividades planejadas.
4. Act — Agir
Essa é a fase em que, se todas as metas tiverem sido atingidas, adota-se o PDCA aplicado como padrão. Caso contrário, reinicia-se todo o processo.
Diferença entre MASP e PDCA
MASP e PDCA contam com finalidades muito parecidas, a saber, a melhoria de processos e redução de custos. No entanto, existem diferenças significativas em como alcançar tais objetivos.
O MASP é um método de análise e solução de problemas a partir de oito etapas e, por isso, costuma ser utilizado em casos de manutenção e na busca pela melhoria de certas circunstâncias.
Em contrapartida, o PDCA é um ciclo de quatro etapas (Plan, Do, Check e Act), que busca otimizar processos internos.
MASP e PDCA em conjunto
Atuar com uma metodologia de melhoria contínua não significa deixar outras de lado. Assim, MASP e PDCA podem ser utilizadas em conjunto, utilizando as ferramentas de MASP dentro das etapas do PDCA, da seguinte forma:
Etapas do PDCA | Ferramentas de MASP |
Plan | Identificação |
Observação | |
Análise | |
Plano de ação | |
Do | Ação |
Check | Verificação |
Act | Padronização |
Conclusão |
Conclusão
As metodologias de melhoria contínua são selecionadas de acordo com as necessidades e objetivos da empresa diante de determinados problemas.
Aplicar MASP e PDCA em conjunto, além de outras metodologias, se necessário, possibilita a otimização dos processos internos das empresas e a diminuição de problemas em produtos, serviços, equipamentos e atividades organizacionais.
O maior resultado dessas ações conjuntas é a geração de um diferencial competitivo na questão da qualidade, por meio da excelência das rotinas dos processos.
Neste artigo, conhecemos em detalhes tanto o MASP como o PDCA, com suas etapas e exigências. Além disso, conferimos a ligação entre as duas metodologias e como utilizá-las em conjunto.
Quer saber mais? Confira o Guia do MASP, que fala tudo sobre essa ferramenta essencial para as melhorias da sua empresa.
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