A força destruidora de uma contabilidade mal feita em uma empresa fornecedora da cadeia da saúde
Há aproximadamente um mês escrevi um artigo intitulado: “Qual o futuro da cadeia de fornecimento da área da saúde?” no qual discorri sobre as duas forças que acreditamos que serão um grande divisor de águas para o setor de fornecimento da cadeia da área da saúde. Forças estas que vão interferir diretamente na sobrevivência das empresas, ou seja, quem vai sobreviver e quem vai morrer.
Hoje, gostaria de me aprofundar mais em uma destas forças: Fiscal/Contábil/Tributária.
Historicamente e culturalmente, as micro, pequenas e médias empresas brasileiras da cadeia de fornecimento da área da saúde, na sua grande maioria, nunca deram muita atenção e seriedade à sua contabilidade.
Nessas empresas, a contabilidade era, muitas vezes, – me perdoem a palavra – uma “peça de ficção”, algo distante da realidade, com uma nomenclatura difícil e que não servia para nenhuma análise gerencial da empresa.
Com o advento do projeto SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), que foi instituído pelo Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007, entrou em vigor em 2008 em caráter de testes e em 2009 para grande parte das empresas tributadas pelo lucro real. Em 2014, praticamente todas as empresas foram incluídas com a entrada das empresas do lucro presumido e fez com que as coisas começassem a mudar radicalmente.
De lá para cá, infelizmente, muitas micro, pequenas e médias empresas da cadeia de fornecimento da área da saúde ainda não se atentaram da necessidade e importância que deve-se dar para os dados contábeis e fiscais e continuam tratando essas informações com o mesmo desdém, mesmo que, agora, elas sejam enviadas eletronicamente.
Não quero fazer aqui o papel de vidente, quero simplesmente alertar a todas as empresas que a Receita Federal já recebeu esses dados e começará a cruzá-los e validá-los. Quando isso acontecer, muitas destas empresas que não deram a atenção devida ao assunto irão sucumbir já nas primeiras análises. Repito, não desejo ser apocalíptico, mas não tenho dúvidas que a Receita aumentará cada vez mais a inteligência e capacidade de cruzamento de informações, ao ponto de, em algum momento muito próximo do futuro, impedir a emissão de uma nota fiscal online para alguém que não esteja regularizado ou que tenha alguma pendência.
Portanto, sugiro que a sua empresa preste bastante atenção e se dedique a ter uma contabilidade correta, isso será uma grande vantagem competitiva para sua empresa quando as demais começarem a sofrer as consequências.
Além do mais, do meu ponto de vista, a empresa que possuir uma contabilidade real e gerencial, terá um grande diferencial competitivo e estratégico, passando credibilidade para todos os seus stakeholders.
E aí? Sua empresa se preparou? Em qual lado você acha que ela está? Nas que vão morrer ou nas que vão sobreviver e crescer?
Ainda há tempo, mesmo que atrasado, para tomar providências, acertar o presente e rever o passado. No entanto, o relógio está correndo! Lute pela sobrevivência e desenvolvimento da sua empresa!
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