Qual a diferença entre RF ID, QR Code e Código de barras junto a itens de saúde?

A identificação de insumos e mercadorias evoluiu bastante no século 21. Hoje em dia, mais do que apenas registrar a venda do produto por meio de um código de barras, as empresas contam com recursos tecnológicos que ampliaram exponencialmente a capacidade de reunir e transmitir dados e informações de qualquer item fabricado.

Etiquetas com tecnologia RF ID e símbolos de QR Code são exemplos desses novos tempos. Neste artigo, vamos explicar o que são, mostrar as diferenças entre eles e comentar o uso de três tipos de leitura para itens de saúde: Código de Barras, RF ID e QR Code.

Acompanhe com a gente e aprenda um pouco mais sobre o assunto!

O que são RF ID, QR Code e Código de Barras?

Criados para identificar e/ou reunir dados sobre qualquer tipo de item que precise de controle e informações agrupadas, esses três tipos de tecnologias podem ser definidos da seguinte maneira:

Código de Barras

O código de barras é uma sequência de números que é representada por um desenho de barras com espessura a posicionamentos diferentes. 

O desenho é lido por um instrumento com tecnologia ótica, identificando assim o produto e também podendo trazer informações como: 

  • Tipo ou modelo do item;
  • Preço da mercadoria;
  • Peso do produto;
  • Data de validade, etc.

O curioso é que a tecnologia do código de barras demorou décadas para ser aprimorada. O desenvolvimento começou em 1948, no Instituto Tecnológico Drexler, na Filadélfia (EUA), pelos estudantes de mestrado Joseph Woodland e Bernard Silver.

Mas somente 26 anos mais tarde ocorreu a primeira compra com código de barras. Às 8h do dia 26 de junho de 1974, um caixa do supermercado Marsh’s, na cidade de Troy, em Ohio, registrou com o leitor ótico a singela compra de um cliente: um pacote com 10 chicletes.

A partir daí, à medida que o sistema populariza-se entre as empresas, diferentes tipos de código de barras começaram a surgir. 

No Brasil, por exemplo, as empresas da área de saúde normalmente usam o chamado Código 128, um sistema com números, letras e barras capaz não só de garantir rastreamento mais preciso, mas também de permitir a leitura de informações logísticas, como data de validade, lote, série, peso, volume, etc.

RF ID

RF ID é derivado de Radio-Frequency Identification, que em português quer dizer identificação por radiofrequência. A origem da tecnologia remonta dos radares ingleses usados na Segunda Guerra Mundial. 

Mas, assim como o código de barras, as etiquetas de RF ID levaram décadas para ser aperfeiçoadas antes da utilização em larga escala, o que ocorreu apenas a partir de 1999.

Como indica o nome da tecnologia, trata-se de um sistema em que uma antena lê todas as etiquetas dentro de um determinado espaço geográfico.

Isso a leva a uma infinidade de aplicações, pois há grandes vantagens no uso das tags (etiquetas) de RF ID, tais como:

 

  • Leitura rápida, simultânea e à distância: uma antena de RF ID capta em frações de segundos as informações de todas as tags de um determinado espaço físico, algo impossível de ser repetido pelos sistemas de Código de Barras ou QR Code, cuja leitura é feita individualmente e por aproximação;  
  • Redução de tamanho: As etiquetas de RF ID podem ser fabricadas em tamanhos milimétricos, o que torna a possível a aplicação em casos que seriam impossíveis para QR Code e Código de Barras;
  • Custo-Benefício: Enquanto a antena de leitura representa o maior custo do sistemas, as etiquetas em si chegam a ter custo de meros centavos, servindo tanto para a indústria quanto para o comércio;

QR Code

O sistema conhecido por Quick Response Code, ou seja, código de resposta rápida, é uma tecnologia de identificação mais recente que as anteriores, mas ainda assim mais antiga do que você talvez imagine. 

Desenvolvido em 1994 por Masahiro Hara, funcionário de uma subsidiária da multinacional japonesa Toyota, o QR Code, foi oficialmente lançado em 1999 e começou a ser usado em grande escala a partir de 2011.

A revolução do QR Code foi popularizar o outro lado do sistema: o aparelho leitor. Qualquer celular fabricado hoje em dia é capaz de ler, por meio de sua câmara digital e um app, os símbolos bidimensionais do QR Code.

Com isso, as aplicações extrapolaram os segmentos industrial e varejista. De pessoas sendo cadastradas e vinculadas a um QR Code como forma de controle e combate à covid às placas de carro, animais domésticos e produtos jornalísticos, tudo parece possível de melhorar com o sistema.

Como usar RF ID, QR Code e Código de Barras na saúde?

Como vimos acima, cada sistema tem as suas diferenças e vantagens. Para as empresas da saúde, mais do que apostar em apenas um código, vale partir, a princípio, do problema ou aprimoramento que você busca resolver/implantar.

Com custos relativamente baixos, a melhor solução geralmente passa pela combinação de um ou mais sistemas, como no caso de materiais consignados para hospitais. Em termos de controle de estoque, a praticidade do RF ID é gritante.

Ao mesmo tempo, com o QR Code é possível atrelar a cada item uma quantidade ilimitada de informações. 

Já o Código de Barras pode ser uma solução segura e prática para operações de menor fluxo ou movimentação de itens. 

Antes de tudo, porém, vale consultar outros artigos do blog, principalmente aqueles relacionados com as normas da Anvisa sobre a rastreabilidade produtos de empresas da área de saúde.