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O que é PCP e como utilizar na área da saúde?

Alcançar eficiência logística e de produção são metas frequentes em empresas de diversas áreas e setores. Na saúde não poderia ser diferente. Por isso, criar processos e traçar linhas de ação que facilitem a geração fluída de resultados é muito importante para a gestão de saúde.

Um dos processos que mais impactam positivamente a gestão das empresas de saúde é o Plano de Controle de Produção ou PCP. Quer saber do que se trata isso e qual a utilidade para a área de saúde? Confira em nosso artigo.

Boa leitura!

O que é PCP?

PCP é a abreviação de Plano de Controle de Produção, e diz respeito a uma estratégia de gestão da empresa no que concerne ao operacional. Para empresas de saúde, o PCP também é aplicável e representa muitos benefícios.

O Plano de Controle de Produção envolve todas as operações da empresa e se utiliza da informação como método para entregar uma maior eficiência. Entre as fases de aplicação, destacam-se o planejamento e o controle dos processos operacionais e produtivos.

Qual a importância do PCP na área da saúde?

A área da saúde é especialmente beneficiada pela aplicação do PCP. Isso porque, tal processo, consegue criar planejamentos que definem quando e quais produtos de saúde serão produzidos.

Também permite ter uma previsibilidade de quais recursos serão necessários durante toda a jornada de produção. Por fim, o PCP permite controlar, monitorar e corrigir desvios de padrão identificados.

Além disso, podemos destacar  as seguintes vantagens do PCP para a área de saúde:

Tomada de decisão assertiva

Com o PCP, a área da saúde consegue viabilizar uma tomada de decisão mais assertiva, já que essa ferramenta possibilita controlar o fluxo de produção. Com isso, o acesso a dados será facilitado, bem como haverá maior velocidade na identificação de problemas e falhas.

Com acesso a tudo isso, a gestão poderá decidir a partir dos dados reais, tendo maiores embasamentos para a tomada de decisão.

Melhores resultados

A aplicação do PCP, ou seja, do Plano de Controle de Produção, impacta positivamente nos resultados que as gestões de empresas de saúde conseguem gerar. 

Isso só acontece porque, através desse processo, os pontos fracos serão mais evidenciados e, através dos dados, será possível identificar as razões dessas fraquezas, permitindo desenvolver ações para solucionar os problemas que geram desfavorecimentos competitivos.

Além disso, o gestor consegue hierarquizar os problemas. Dificilmente um gestor nunca experimentou aquele sentimento de olhar para o que precisa ser resolvido e questionar-se “por onde eu começo?”. Pois com o PCP isso fica no passado, já que os dados irão revelar quais são os problemas mais graves.

União entre setores

Integrar setores é um verdadeiro desafio nas empresas. Em organizações de saúde, pode haver uma certa incompatibilidade entre produção e vendas, o que gerará diversos problemas, sendo que o mais comum é a comercialização de um produto que não está disponível.

Esse exemplo revela a necessidade de conectar produção e vendas. O PCP é uma ferramenta para isso, já que haverá uma ciência mais exata da quantidade de produtos disponíveis no estoque, evitando vendas em momentos impróprios.

Redução de custos

Por fim, a redução de custos aparece não apenas como pilar de importância, mas também como uma das principais consequências do PCP para a área de saúde.

Ora, quando há um maior controle da produção, seja da produção iniciada, seja da diminuição de perdas, a redução de custos é consequente e, diga-se de passagem, toda gestão financeira quer reduzir custos.

Como utilizar o PCP na área da saúde?

Para compreender como é feita a utilização do PCP na área da saúde, vale a pena olharmos para um exemplo real. Esse exemplo está disponível em um documento da Associação Brasileira de Engenharia e Produção, e diz respeito ao Hospital Universitário de Florianópolis.

O produto utilizado como referência é o atendimento de emergência do hospital, cujas subdivisões são os serviços de auto-atendimento e a emergência, propriamente dita. O PCP, em primeiro lugar, busca descrever os produtos e todos os processos que envolvem os atendimentos.

Com relação à previsão de demanda, a enfermagem contava com um quadro onde, de forma aproximada, buscava prever o volume de pacientes atendidos a cada período. Também há o registro de rotinas, fluxos de trabalho, regras e normas.

Para a definição de tudo isso, os dados históricos são importantes. No entanto, a realidade de um hospital é imprevisível, já que cada paciente demandará um esforço próprio. Dentro da especificidade do hospital analisado, o PCP conseguiu identificar que há gargalos de materiais para utilização das equipes, bem como de quartos disponíveis para acomodação dos pacientes.

Embora não funcionasse assim no Hospital Universitário, os processos de PCP também ajudariam a calcular a quantidade de insumos necessários para cada período, dando maior exatidão às compras e dependendo menos da subjetividade das enfermeiras, que são aquelas que solicitam novos materiais.

O controle do estoque dos materiais também é um problema, já que tudo é realizado manualmente e sem uma metodologia. PCP poderia ajudar nisso, bem como no processo de liberação dos produtos para uso dos profissionais.

Etapas do PCP

Para executar o PCP, ou Plano de Controle de Produção, é preciso seguir algumas etapas bem definidas na literatura especializada. Conheça, a seguir, cada uma dessas etapas:

Previsão de demanda

A primeira necessidade está na identificação e no esforço de previsão da demanda a ser utilizada, ou seja, quanto de cada produto será necessário. Essa definição é feita através de dados históricos.

Capacidade de produção

Com a previsão de demanda em mãos, será preciso avaliar se há ou não capacidade para produzir essa demanda. Caso a resposta seja negativa, adaptações precisarão ser realizadas.

PAP

O Planejamento Agregado de Produção diz respeito a como a empresa irá produzir a quantidade de produtos exigida. Nesta terceira etapa, devem ser considerados fatores como estoque disponível, disponibilidade de pessoal, fornecedores, etc. 

PMP

O Plano Mestre de Produção considera aquilo que é necessário para executar o plano de produção a curto prazo.

PDP

Já a Programação Detalhada de Produção diz respeito ao desdobramento do plano de produção diário, levantando a demanda que precisa ser produzida e os insumos necessários.

Controle de produção

Por fim, a gestão deve ficar muito atenta a todo o ciclo de produção, para garantir que tudo seja executado da melhor forma.

Conclusão

Neste artigo conhecemos o PCP, ou seja, o Plano de Controle de Produção. Vimos, ainda, um exemplo de sua aplicação na área da saúde e conhecemos as etapas do PCP, sendo elas:

  1. Previsão de demanda;
  2. Capacidade de produção;
  3. PAP;
  4. PMP;
  5. PDP;
  6. Controle de produção.

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