monitoramento e controle de riscos

Monitoramento e controle de riscos: você está fazendo isso certo em sua empresa de produtos médicos?

Promover o monitoramento e controle de riscos é uma das práticas mais importantes em empresas ligadas à saúde.

Contudo, não limita-se apenas a essa área e pode ser aplicada em diferentes setores, como segurança ocupacional, processos, meio ambiente e bem estar público.

Apesar de sua ampla funcionalidade, esse tipo de cuidado é especialmente relevante para a área da Saúde, uma vez que estes produtos estão diretamente ligados ao cuidado da vida humana. Não há espaço para erros! Portanto, adotar medidas preventivas é algo essencial.

Neste post, você aprenderá o que é a gestão de riscos e quais critérios devem ser levados em conta para colocá-la em prática na sua empresa.

Como se dá o monitoramento e controle de riscos na Saúde?

Também conhecida como gestão de riscos, é uma prática de compreensão e prevenção aos quais o paciente está submetido. Isso vale tanto no uso de instrumentos, quanto de serviços de saúde.

Pensar nisso é uma postura proativa diante dos riscos identificados, para que seja possível adotar estratégias de contenção e melhorias. Desse modo, é realizado um planejamento de ações com o objetivo de evitar problemas no futuro.

O monitoramento e controle de riscos já está previsto entre as ações estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Conforme o descrito na RDC n°36 de 2013, é de responsabilidade do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) fazer a “aplicação sistêmica e contínua de políticas, procedimentos, condutas e recursos na identificação, análise, avaliação, comunicação e controle de riscos e eventos adversos que afetam a segurança, a saúde humana, a integridade profissional, o meio ambiente e a imagem institucional”.

Essa medida afeta também as empresas de produtos médicos, pois precisam estar atentas à parte que lhes cabe na gestão de riscos – como na especificação clara dos componentes e no modo de uso de um remédio ou uma ferramenta.

Cientes do que isto representa, ensinaremos, agora, alguns fatores sobre o método para aplicar o monitoramento e controle de riscos na sua empresa.

Método para o monitoramento e controle de riscos

Implementar este processo em um negócio possui uma metodologia própria, que deve ser respeitada para garantir os melhores resultados. Suas etapas são:

1- Análise de Causa Raiz e Proximal

Este método de análise é originalmente utilizado no campo da engenharia, servindo para investigar acidentes industriais, nucleares etc. Nos últimos tempos, outras áreas passaram a adotá-lo, como a de Saúde. A fim de resolver e prevenir os fatos já ocorridos, o primeiro passo é identificar os motivos do problema.

Uma causa raíz é o evento originado da dor apresentada. Partindo disso, sucedem-se todas as falhas. Logo, devem ser corrigidas para evitar possibilidade de recorrência. Geralmente, tem origem em questões gerenciais, como planejamento. Uma vez sendo identificadas, é mais fácil chegar até ações concretas que solucionam prejuízos.

Já a causa proximal é a razão mais óbvia pela qual a falha aconteceu, agindo quase como um sintoma. A partir desta, será possível chegar às causas raízes e efetuar as mudanças necessárias.

Atenção: Todas as etapas a seguir estarão diretamente relacionadas com a identificação ou o solucionamento desses dois tipos de causa.

2- Detalhamento da situação que apresentou falha

Aqui, o objetivo é compreender o evento que originou a falha e analisar suas causas. Para isso, deve ser feita uma descrição específica do que aconteceu, fazendo-o de uma maneira organizada e cronológica. Tão importante quanto isto é o momento da ocorrência.

Para garantir a qualidade dessas informações, colete dados como:

– Histórico das pessoas envolvidas no incidente e dos equipamentos relacionados ao problema;

– Documentos acerca das tarefas exigidas, verificando todos os processos descritos, manuais técnicos etc (se for preciso, entreviste um especialista no assunto);

– Itens e ferramentas utilizados para cada ação identificada;

– Revisão de todos os componentes e investigação, caso haja necessidade.

3- Elaborando o desenho dos fatores causais

O desenho abaixo é um diagrama no qual devem ser descritos graficamente todos os erros. O registro desses fatores causais é dividido entre eventos e condições. Os primeiros são as ações e acontecimentos que ocorrem ao longo de qualquer atividade. Já os segundos, são as circunstâncias pertinentes àquela situação.

Uma vez identificados, é hora de representá-los. Um modelo bem famoso é o desenvolvido por Ludwing Benner e outros pesquisadores para a investigação de acidentes.

Feito isso, você pode usar a técnica da espinha de peixe para organizar o monitoramento e controle de riscos. Nele, você coloca as causas raízes e proximais conforme o seu nível de pertinência. O modelo é feito de acordo com a imagem abaixo:

Com todas as causas identificadas e devidamente catalogadas, as ações também já devem estar mais legíveis. É o momento de direcionarmos para a última etapa da gestão de riscos.

diagrama

4- Encaminhamentos

O objetivo real de toda essa análise é chegar até recomendações concretas para prevenir os riscos e evitar danos, antes que causem dores de cabeça aos pacientes. Nesta etapa, é necessário ter sangue frio e verificar se a empresa é realmente capaz no que se refere à implementação de cada medida, dificultando a recorrência da falha.

Tais encaminhamentos precisam ser descritos e planejados com máximo cuidado. Dirigidos não apenas às circunstâncias do evento ocorrido, mas também à aplicação do sistema para que o obstáculo seja resolvido de vez. É importante citar ainda medidas para minimizar as consequências, na pior das hipóteses.

Este é o procedimento básico para fazer o monitoramento e controle de riscos dentro de uma empresa de Saúde. Sempre é válido lembrar que já existem tecnologias no mercado, as quais podem tornar o processo inteiro mais prático e fluido. Visite nosso site e conheça o módulo de gestão de riscos do VIGIX!

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