Tudo sobre o processo da gestão de risco na qualidade
O risco é inerente aos negócios, mas será que estamos prontos para enfrentá-lo? Em um mundo de negócios em constante mudança, a gestão de riscos se destaca não como uma escolha, mas como uma necessidade.
Em um cenário tão complexo e volátil, muitas empresas se encontram no dilema: como navegar por mares turbulentos com segurança e assertividade? A resposta está na combinação de gestão de qualidade e gerenciamento de riscos. Mas, eis a questão: por onde começar?
Este artigo vai te guiar por um caminho claro e estruturado sobre o processo da gestão de risco na qualidade.
O que é gestão de riscos e qual o conceito?
A gestão de riscos pode ser compreendida como um conjunto sistematizado de práticas e processos destinados a identificar, analisar e responder aos riscos inerentes à operação de qualquer negócio ou projeto.
Em um ambiente empresarial caracterizado por constantes mudanças e incertezas, é inevitável que as organizações se deparem com variados riscos, que vão desde alterações no mercado até a emergência de novos concorrentes, passando por potenciais acidentes que possam resultar em perdas materiais ou humanas.
A Relação entre a gestão de riscos e a gestão de qualidade
Enquanto a gestão de riscos foca na prevenção e tratamento de possíveis ameaças e oportunidades, a gestão de qualidade, por sua vez, está centrada na otimização e garantia de padrões elevados de performance em produtos, serviços e processos.
Assim, ambas são complementares e essenciais. Enquanto a primeira visa proteger e fortalecer a organização frente aos desafios externos e internos, a segunda busca pela excelência operacional, assegurando a satisfação do cliente e a melhoria contínua do negócio.
Como implementar uma gestão de riscos na qualidade?
Adotar uma gestão de riscos eficaz, alinhada à gestão da qualidade, é crucial para o sucesso e sustentabilidade de qualquer negócio. Aqui, destacamos passos e ferramentas para guiá-lo nesse processo:
Análise e Identificação
Antes de tudo, mergulhe profundamente no entendimento dos riscos inerentes às suas atividades ou produtos. Ferramentas específicas e a revisão de dados históricos da empresa e do mercado são cruciais neste estágio. O objetivo aqui é mapear potenciais ameaças, avaliar sua probabilidade e determinar o impacto de cada risco identificado.
Avaliação
Já com um panorama dos riscos, analise os fatores que podem influenciá-los e as capacidades da empresa em lidar com cada um. Identifique lacunas de conhecimento, potenciais vulnerabilidades e triggers que podem desencadear esses riscos.
Controle
Elabore planos de ação para minimizar ou erradicar os riscos identificados. Revise processos, atualize protocolos e treine sua equipe. Esteja ciente, no entanto, de que alguns riscos residuais podem persistir.
Aceitação e Comunicação
É vital reconhecer que nem todos os riscos podem ser totalmente eliminados. Portanto, aceite os riscos residuais, informe a equipe sobre eles e forneça diretrizes claras sobre como proceder se eles se materializarem.
Ferramentas adequadas
Entre as ferramentas essenciais para implementar uma gestão de riscos na qualidade, vale a pena destacar:
- Matriz SWOT: Uma representação visual de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, ajudando a avaliar riscos e abordagens correspondentes.
- Mapa de Processos: Esta ferramenta detalha cada atividade dentro de um processo, identificando resultados desejados e responsabilidades, proporcionando um panorama completo e facilitando a supervisão.
- 5W2H: Ao responder às perguntas “o quê?”, “quem?”, “onde?”, “por quê?”, “quando?”, “como?” e “quanto?”, esta ferramenta assegura uma visão abrangente e planejamento eficiente de qualquer projeto ou processo.
- FMEA (Análise dos Modos de Falha e seus Efeitos): Centrada diretamente na gestão de riscos, busca identificar possíveis falhas e desenvolver estratégias para contorná-las.
- Diagrama de Pareto: Uma ferramenta visual que classifica os riscos pela sua importância e frequência, auxiliando na determinação das prioridades.
Lembre-se: A gestão de riscos é um processo contínuo. Reavalie regularmente, ajuste conforme necessário e esteja sempre atento às mudanças no ambiente que possam trazer novos riscos ou modificar os existentes.
ISO na gestão de riscos
A ISO representa um marco global em normas e padrões de qualidade. Muitos reconhecem sua norma ISO 9001, um selo de aprovação que certifica a eficácia dos sistemas de gestão de qualidade das empresas. No entanto, para quem está imerso no universo da gestão de riscos, uma norma se destaca: a ISO 31000.
A ISO 31000 fornece um arcabouço detalhado para a criação, execução e manutenção de uma abordagem robusta de gestão de riscos nas organizações. Ela não apenas reconhece o risco como uma parte inerente da tomada de decisão empresarial, mas também fornece diretrizes claras para gerenciá-lo de forma eficaz.
Conformar-se à ISO 31000 é mais do que apenas um exercício de conformidade. Ao alinhar a gestão de riscos com este padrão internacionalmente reconhecido, as organizações fortalecem sua capacidade de identificar, avaliar e responder de forma proativa aos riscos.
Mais do que isso, demonstra aos stakeholders, incluindo clientes, investidores e parceiros, um compromisso sério com práticas de gestão de riscos de alto padrão, elevando a confiança e a reputação da organização no mercado.
Vantagens do gerenciamento de riscos
A gestão de riscos não é apenas uma salvaguarda defensiva. É uma janela de oportunidade, uma alavanca para alcançar o sucesso organizacional e otimizar a eficiência. Quando bem executada, ela pode transformar uma empresa de reativa a proativa, permitindo-lhe velejar com destreza em águas turbulentas.
Aqui estão algumas vantagens notáveis:
- Tomada de decisão aprimorada: Sabendo dos riscos e suas possíveis consequências, líderes se tornam mais capacitados para decisões informadas.
- Redução de perdas: Ao antever riscos, ações preventivas podem ser tomadas, evitando derrapagens financeiras, operacionais e de imagem.
- Otimização de recursos: Conhecendo os riscos, é possível canalizar recursos com mais eficiência, potencializando os resultados.
- Ganho de confiança: Uma gestão de riscos bem estruturada não só inspira confiança em stakeholders, mas também fortalece a imagem da empresa.
- Resiliência organizacional: As empresas pró-ativas em gestão de riscos tornam-se ágeis e adaptáveis, reagindo com rapidez a reviravoltas do mercado.
Para ilustrar, imagine uma empresa de saúde que, ciente da importância da gestão de riscos, detectou falhas potenciais em seus equipamentos. Em vez de adotar uma postura complacente, foi pró-ativa, atualizando e mantendo os dispositivos.
A ação não só poupou despesas substanciais, mas também salvaguardou sua reputação e, mais importante, a saúde de seus pacientes.
Em resumo, a gestão de riscos é mais do que uma ferramenta; é uma necessidade em nosso mundo empresarial em constante mudança. Se está curioso sobre como isso se traduz na área da saúde, te convido a explorar mais.
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