Imagem de mulher de jaleco segurando uma prancheta e com a outra mão, segurando um produto de hospital

Classificação de produtos hospitalares: como melhorar a gestão?

A classificação de produtos hospitalares é um dos assuntos centrais na gestão hospitalar. Essa centralidade do assunto não evita, no entanto, que os gestores tenham grandes problemas e dúvidas na execução dos processos de classificação.

É por isso que abordar esse tema é tão importante.

Ao estabelecer uma classificação de produtos hospitalares eficiente, os resultados da gestão das instituições será potencializado, diminuindo custos, garantindo o cumprimento das diretrizes oficiais e aumentando o nível de sucesso e satisfação dos pacientes.

Se você está à procura de um material completo sobre classificação de produtos, fique conosco até o final deste artigo.

Boa leitura!

O que é a classificação de produtos hospitalares?

A classificação de produtos hospitalares é uma estratégia de categorização dos produtos a partir do nível de risco de contaminação. Ao realizar essa classificação, as pessoas envolvidas nos processos hospitalares são protegidas, gerando diversos benefícios para a gestão da instituição.

As diretrizes de classificação são definidas pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Em resumo, existem três categorias para os produtos: artigos críticos, semicríticos e não críticos.

Artigos críticos

Os artigos críticos são uma categoria de produto hospitalar que mais precisam receber atenção. Isso porque tais artigos são aqueles que entraram em contato direto com o sistema vascular do corpo humano ou, então, tecidos estéreis.

São considerados críticos porque possuem um alto risco de infecção. Alguns exemplos de artigos críticos são: materiais cirúrgicos, agulhas, cateteres, etc.

Devido ao risco de contaminação, precisam sempre passar pelo processo de esterilização.

Artigos semicríticos

Em segundo lugar, temos aqueles produtos que precisam receber atenção especial, mas em quantidade menor aos citados anteriormente.

Os artigos semicríticos são aqueles que entram em contato com mucosas íntegras ou pele não exposta. Justamente por isso precisam passar pelo processo de esterilização e desinfecção.

Alguns dos exemplos desse tipo de artigos são: anestésico, equipamentos respiratórios, materiais de endoscopia e colonoscopia, etc.

Artigos não críticos

Como última classificação temos os artigos não críticos, ou seja, aqueles que demandam processos básicos de limpeza ou desinfecção, justamente por apresentarem um risco bem menor de infecção.

Esse tipo de produto é geralmente colocado em contato com e pele intacta, sem qualquer tipo de contato com feridas ou mucosas.

Por ter um baixo nível de exposição, exigem uma desinfecção mais simples, embora ainda seja preciso requerer os profissionais uma certa atenção no manuseio dos artigos.

Alguns dos exemplos são: aparelhos de pressão, comadres, estetoscópios, cubas, etc.

Além dessas três categorias, a classificação de produtos hospitalares pode contar com dados como número de identificação do material, descrição, localização do item, o modelo e numeração, fabricantes, etc.

Por que é importante classificar os produtos hospitalares?

A classificação de produtos hospitalares é essencial para garantir a segurança dos funcionários que trabalham nos ambientes hospitalares.

Ao ignorar essa classificação, alguns produtos podem acabar não sendo suficientemente desinfectados, gerando problemas a partir do momento que enfermeiras e médicos entram em contato com o artigo.

Segundo dados da Universidade Federal de Santa Catarina, em uma amostra de 1.396 funcionários de hospitais, foram relatados 645 acidentes, cada um deles com potencial de infecção.

Mas além dos funcionários, a classificação de produtos hospitalares também garante mais segurança para os pacientes, evitando acidentes e infecções.

5 dicas poderosas para melhorar a gestão de produtos hospitalares

A maioria dos hospitais e instituições de saúde já contam com processos para gestão e classificação de produtos hospitalares. O desafio, portanto, não é criar processos, mas sim otimizá-los.

É bem provável que, se você chegou até aqui, seja justamente essa a sua necessidade. Para te ajudar com isso, nós separamos 5 dicas especiais para que sua organização e gestão de produtos seja cada vez mais otimizada:

Separe os materiais por categorias

As categorias para classificação dos produtos hospitalares são definidos pela ANVISA, sobretudo no que está exposto e estabelecido na RDC 185/01. De forma geral, as classificações utilizadas são:

  • classe I — baixo risco;
  • classe II — médio risco;
  • classe III — alto risco;
  • classe IV — máximo risco.

A classificação deve considerar o nível de risco de cada produto, mas também outros quesitos como frequência, exigências de preservação e conservação, características gerais, etc.

Otimize o controle de estoque hospitalar

Também é um passo fortíssimo para a gestão de produtos hospitalares e a organização do estoque e armazenagem. Manter um registro consistente das entradas e saídas de produtos evita desperdícios, extravios, e é possível determinar a quantidade ideal para compra.

No caso de materiais que dependem de refrigerador, é essencial fazer com que os horários de abertura deste último sejam padronizados, evitando que aberturas excessivas prejudiquem a qualidade de algum insumo.

Assegure o funcionamento dos equipamentos hospitalares

Uma questão associada à qualidade é sempre perseguir e manter o correto funcionamento dos equipamentos hospitalares, garantindo que não haja problemas durante o uso dos artigos pelas equipes.

É recomendado, como processo a ser implementado, a adoção de uma rotina de checklists e conferências, geralmente realizada por um funcionário, de modo que o processo seja executado sem prejuízos à rotina do hospital.

Tenha um fornecedor qualificado

Existem questões que influenciam na gestão dos produtos hospitalares e extrapolam os limites dos simples processos administrativos. O relacionamento com os fornecedores é uma dessas questões.

Contar com um bom fornecedor é essencial para evitar problemas com a qualidade e entrega dos artigos hospitalares. No entanto, essa qualidade é influenciada pelo fator relacionamento, que não é possível determinar por contrato, mas é criado organicamente.

Por isso, para garantir os melhores produtos, crie políticas de bom relacionamento com fornecedores. 

Realize inventários periódicos

Como última dica para melhorar a gestão de produtos hospitalares, a realização de inventários periódicos é uma boa prática mais que recomendada. Para efetuar isso é importante definir, em primeiro lugar, a periodicidade dos inventários, que podem acontecer semanal, quinzenal ou mensalmente.

A classificação de produtos hospitalares, inclusive, pode ser um facilitador na tarefa de realização dos inventários periódicos.

Conclusão

Neste artigo você pôde aprofundar no tema classificação de produtos hospitalares. Em resumo, definimos essa classificação como uma estratégia de categorização dos produtos a partir do nível de risco de contaminação.

Destacamos a importância dessa classificação ao associá-la à preservação da saúde dos funcionários e pacientes. Por fim, trouxemos 5 dicas para melhorar a gestão de produtos hospitalares, dentre os quais:

  1. Separe os materiais por categorias;
  2. Otimize o controle de estoque hospitalar;
  3. Assegure o funcionamento dos equipamentos hospitalares;
  4. Tenha um fornecedor qualificado;
  5. Realize inventários periódicos.

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