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Análises de risco em tempos de incerteza: como se adaptar?

Talvez ninguém pudesse tratar melhor de análises de risco em tempos de incerteza, e como se adaptar a elas, do que o filósofo latino Sêneca. 

Como se não bastasse ter sido conselheiro de Nero, imperador de Roma, Sêneca foi acusado de ter seduzido a sobrinha de outro imperador, Cláudio. Natural, portanto, que Sêneca tenha escrito um dos melhores textos sobre risco de que se tem notícia na história da humanidade.

Diz Sêneca que “Viver é correr o risco de morrer. Confiar é correr o risco de se decepcionar”.

Tentar é correr o risco de fracassar. Mas os riscos devem ser corridos, porque o maior perigo é não arriscar nada. Há pessoas que não correm nenhum risco, não fazem nada, não têm nada e não são nada”.

Neste artigo, vamos abordar a análise de riscos como processo vital para empresas dedicadas às melhores práticas e rotinas, incluindo a avaliação das possibilidades de acidentes no ambiente de trabalho. 

Vamos falar de conceitos e também de etapas do processo de reconhecimento dos riscos. 

Passos a serem tomados na análise de riscos

Estudo técnico destinado a identificar, classificar e prever problemas, dificuldades e sinistros nas atividades desenvolvidas no ambiente empresarial, a análise de riscos leva em conta diversos fatores em sua elaboração.

Entre as ações que envolvem o procedimento de análise de riscos podemos citar, como primeiros passos, a avaliação do ambiente ocupacional, a identificação de todos os riscos, a análise de riscos, a implantação de medidas preventivas e o registro e revisão de todos os riscos.

Todos esses passos são essenciais para assegurar aos stakeholders segurança em suas atividades relacionadas ao espaço ou tarefas corporativas potencialmente expostas a riscos ocupacionais. 

A seguir, vamos analisar brevemente cada um deles.

Análise do ambiente de trabalho

Cada ambiente de trabalho, com suas características próprias de atividade e maquinário utilizado, exige respostas únicas. 

Por isso é essencial reunir todos os dados possíveis e relevantes para a prevenção sobre os colaboradores envolvidos e as tarefas realizadas em cada setor. 

E para isso ser feito de modo adequado é fundamental ouvir quem realiza na prática as tarefas.

Identificação dos riscos

Concluída a avaliação do ambiente de trabalho, identifique e discrimine os riscos latentes. 

Isso pode ser feito com uma planilha a ser preenchida pelo colaborador na qual são anotados todos os riscos já percebidos na rotina da atividade. 

Análise e medidas preventivas

Com o detalhamento dos riscos em determinado ambiente ou situação ocupacional, a empresa passa a analisar quais os pontos mais sensíveis de cada processo e assim elaborar as medidas preventivas necessárias. 

Especialistas em segurança do trabalho também devem buscar soluções preventivas caso a caso de acordo com as necessidades explicitadas pelos colaboradores. 

Registro dos procedimentos de segurança

A elaboração de um registro contendo todos os procedimentos de segurança necessários serve de instrumento de prevenção na medida em que mapeia os riscos inerentes às atividades realizadas. 

Com isso, para cada caso, há uma ação previamente estabelecida. 

Revisar esse documento é imprescindível não só para garantir a assertividade das medidas de prevenção, como também para a adequação do registro a novas rotinas e processos que possam sofrer mudança ou atualização.

Essas medidas garantem a implementação de nível de segurança adequado para cada processo realizado em sua empresa, bem como para cada colaborador envolvido. 

Guia de conhecimento de gerenciamento de projetos

Um método bastante usado em empresas da área de saúde é uma matriz de riscos que estipula os diferentes graus de cuidado que determinado ambiente ou rotina corporativos exigem.

Um exemplo é a matriz padrão do PMBOK, guia de conhecimento de gerenciamento de projetos (em inglês, Guide to the Project Management Body of Knowledge). 

Um dos vetores especificados nesta matriz é a aplicação de uma escala percentual, variando de 1% a 90%, de acordo com a possibilidade de risco em cada atividade.

Em geral, a escala é dividida da seguinte forma:

  • Entre 1% e 10%, o risco é considerado muito baixo;
  • Entre 11% e 30%, o risco é considerado baixo;
  • Entre 31% e 50%, o risco é moderado;
  • Entre 51% e 70%, o grau de risco é alto;
  • Entre 71% e 90%, o risco é muito alto.

Essa análise classificatória de probabilidade é variável conforme o contexto de cada corporação, assim como do tipo do risco e do nível de conhecimento que cada equipe tem sobre ele.

Isso porque muitos fatores podem influenciar na análise, na estrutura da matriz e também nas ações que serão tomadas para evitar tais riscos.

Há casos de empresas, por exemplo, que costumam agir com estratégias imediatas em riscos considerados moderados, enquanto outras corporações dão atenção somente às situações classificadas como de risco alto ou muito alto.

Solução para gerenciar a análise de riscos em sua empresa

Portanto, contar com uma ferramenta que gerencie todas as etapas dos processos apontando sobre a qualidade é fundamental para minimizar ainda mais os riscos.

Se você considerou o conteúdo relevante para o caso de sua empresa, dê uma olhada em outros artigos do nosso blog para mais dicas sobre gerenciamento para a sua empresa.

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