Ao montar uma fileira de pedras de dominó, um dos principais cuidados é evitar qualquer circunstância ou interferência que possa derrubar as peças antes da hora.
Esse trabalho de prevenção é uma tarefa árdua, contínua e essencial. No entanto, só costuma ser percebida quando algo dá errado — por exemplo, uma corrente de ar entrando pela janela que deveria ficar fechada.
A mesma coisa acontece com o gerenciamento de risco nas empresas. Só que as consequências podem ser, obviamente, muito mais graves do que uma fileira de dominós que tomba antes da hora.
Neste artigo sobre gestão de riscos na saúde, a ideia é que você saiba como diminuí-los na sua empresa empregando bons métodos otimizados por ferramentas tecnológicas.
São soluções que servem tanto para evitar grandes erros capitais quanto para aprimorar processos, reduzindo desperdícios e facilitando logística e estoque.
Matriz de probabilidade e impacto na gestão de riscos na saúde
Esse método de gestão de risco é uma ferramenta de apelo visual bastante usada em empresas da área de saúde, sobretudo unidades hospitalares.
Nele, a análise dos riscos envolvidos em quaisquer tarefa, rotina e/ou processo é realizada com base em dois critérios: a probabilidade de o risco se tornar um problema real e o impacto que esse incidente indesejado pode trazer para a operação.
Como funciona
Fazendo uso das cores verde, amarela e vermelha, a matriz classifica cada possível risco identificado de acordo com a sua gravidade.
Desse modo, linhas e colunas da matriz apontam, por meio das cores, o grau de criticidade de determinado risco pré-identificado. Por exemplo:
- Verde para criticidade baixa;
- Amarelo para criticidade média;
- Vermelho para criticidade muito alta.
O método em questão também permite que a matriz faça classificações não só em relação aos tipos de ameaça, mas também em termos de oportunidade, geralmente utilizando-se o lado direito da matriz. Assim:
- Verde para alta;
- Amarelo para média;
- Vermelho para baixa.
Probabilidade e impacto
Definidos os riscos e colorizados de acordo com sua gravidade, a etapa seguinte é analisá-los sob a luz da chance de ocorrência (probabilidade) e sua possível consequência (impacto).
São dois eixos, portanto. No eixo da probabilidade, entram em conta o número de vezes que determinada tarefa é realizada e o histórico de eventos classificados como erros.
Desse modo, criam-se escalas tais como:
- A – Quase certo;
- B – Provável;
- C – Possível;
- D – Improvável;
- E – Raro.
No eixo do impacto, incluem-se todas as consequências possíveis, sejam elas operacionais, administrativas, financeiras ou até mesmo legais ou criminais.
Leitura da matriz
Como foi dito acima, a ideia é elaborar uma matriz que, embora seja fruto de análises complexas de informações e dados, passe a mensagem de maneira visualmente simples.
Uma maneira de garantir isso é fazendo uso de porcentagem, como a mostrada a seguir em relação ao eixo da probabilidade:
- De 1 a 10%, risco muito baixo;
- De 11 a 30%, risco baixo;
- De 31 a 50%, risco moderado;
- De 51 a 70%, risco alto;
- De 71 a 90%, risco muito alto.
Já o eixo do impacto, na linha horizontal, pode ter classificações como:
- Muito baixo;
- Baixo;
- Moderado;
- Alto;
- Muito alto.
É claro que esse modelo é apenas uma representação simbólica que pode e deve ser adaptada ao contexto de cada empresa da área de saúde.
Um dos motivos dessa variação é o nível de conhecimento de cada equipe de colaboradores sobre o risco de sua área.
As estratégias montadas pelos gestores para cada nível de risco também são escolhas que dizem respeito a cada ambiente corporativo e suas características próprias.
Gestão de riscos aprimorada com tecnologia
Uma das poucas certezas na gestão de risco de empresas da saúde é a facilidade com que análises de probabilidade e estratégias de impacto são realizadas com o uso da tecnologia disponível atualmente no mercado.
O custo-benefício é impressionante. Isso porque o gerenciamento de risco é uma tarefa complexa, com grande volume de dados e informações que precisam ser considerados.
As plataformas que automatizam e facilitam o gerenciamento de riscos são construídas em geral sob os pilares do planejamento, acompanhamento e controle.
Além disso, operando em conjunto com outras soluções, como GPS, sensores de radiofrequência e canais de comunicação, trazem segurança também em operações de logística e estoque, evitando perdas e erros.
Portanto, não resta dúvida que sua empresa só tem a ganhar ao investir em um sistema integrado que torna o controle de informações mais fácil e amplia a redução dos riscos da sua empresa na área da saúde.
Por isso, contar com uma ferramenta que gerencie riscos em todas as etapas dos processos é fundamental para uma operação preventiva, segura e eficaz no ambiente corporativo da sua unidade hospitalar, clínica médica ou demais empresas da área da saúde.
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