Uma parada cardíaca é um evento que pode ser fulminante. Uma vítima nessa situação precisa de socorro o quanto antes. No entanto, chamar uma ambulância ou levá-la ao hospital pode demorar muito tempo. E o resultado seria fatal.
Para evitar casos assim, muitas organizações públicas e privadas optam por contar com uma ferramenta médica que pode, literalmente, salvar vidas, como é o caso de um desfibrilador externo automático.
Outra situação possível é aquela em que uma pessoa que sofre do coração e, por isso, precisa se afastar das atividades, uma vez que pode haver, por exemplo, alta propensão a ser acometido por uma parada cardíaca.
Nesse caso, para que possa voltar a ter uma vida normal, esse paciente recorre então ao desfibrilador interno, que, por meio de um marcapasso, evita que o coração saia do ritmo.
Esses dois casos exemplificam bem a ideia deste artigo, que é mostrar as situações em que melhor usar um desfibrilador externo e também as circunstâncias que demandam um desfibrilador interno.
Acompanhe o artigo e saiba mais sobre o assunto!
O que é um desfibrilador?
Uma das situações de atendimento médico mais frequentemente retratadas em filmes, séries, novelas, etc é aquela em que um personagem sofre uma parada cardíaca e é socorrido a tempo com uma descarga elétrica sobre o peito, visando restabelecer as funções do coração.
O equipamento usado para isso, como se sabe, é chamado de desfibrilador. No entanto, além de ser usado para reverter paradas cardíacas, o desfibrilador também serve para tratar — e daí vem o seu nome — as fibrilações ou arritmias cardíacas, que nada mais são do que alterações elétricas que alteram o ritmo dos batimentos do coração.
Se a fibrilação muscular reduz o ritmo das batidas, esse tipo de arritmia é chamado de bradicardia. Já a taquicardia, que é mais popularmente conhecida, ocorre quando o ritmo dos batimentos acelera.
Qual a diferença entre desfibrilador interno x desfibrilador externo
Existem dois tipos, em geral, de desfibrilador. O aparelho que é usado internamente e o aparelho usado externamente. Vamos tratar de cada um deles nos tópicos a seguir.
Desfibrilador externo
É o modelo mais conhecido, tornando-se popular, como citamos acima, por aparecer em incontáveis cenas de filmes, séries, novelas, etc. Portátil e com duas pás (ou adesivos) que são colocados sobre o peito do paciente para a aplicação do choque elétrico.
Externo automático (DEA) x Manual
Desfibriladores externos automáticos (DEA) têm funcionamento simples e padrão, permitindo que mesmo pessoas leigas possam operá-lo em caso de necessidade.
Já os aparelhos manuais são configuradores de maneira a regular o nível de carga elétrica aplicada e também o momento em que o choque é disparado. Nesse caso, o manejo do desfibrilador é restrito a profissionais de saúde devidamente habilitados.
Desfibrilador interno
Desfibriladores internos são instrumentos bem mais sofisticados e funcionam, em geral, acoplados a marcapassos.
Assim, ao identificar que o coração está sofrendo uma arritmia, o marcapasso emite um aviso ao desfibrilador interno, que libera um impulso elétrico no órgão, visando restabelecer seu funcionamento no ritmo normal.
Também conhecido como cardiodesfibrilador implantável (CDI), o aparelho interno tem, em média, vida útil de cinco a seis anos, pois sua bateria vai sendo descarregada pouco a pouco, de acordo com a necessidade e frequência da emissão do impulso elétrico.
Como escolher qual o melhor tipo de desfibrilador?
Cada caso é um caso, a depender do diagnóstico do paciente e das circunstâncias em que o aparelho será usado.
Desfibriladores externos automáticos costumam ser adquiridos por organizações privadas e públicas como ferramenta de saúde de cunho emergencial, visando oferecer mais segurança aos colaboradores em caso de grave fibrilação, parada cardíaca ou mesmo morte súbita.
Como são fáceis de operar, a vítima pode ser socorrida por qualquer pessoa que estiver perto dela no momento, bastando posicionar as pás ou adesivo sobre o tórax do paciente e disparar o choque elétrico.
Do mesmo modo, grandes corporações, que tenham um setor de médico-clínico para os colaboradores, podem ver vantagem em contar com um desfibrilador externo manual, a ser operado pelos profissionais de saúde da empresa ou entidade.
Já o equipamento interno é implantado por meio de cirurgia após ser indicado pelo cardiologista do paciente em necessidade.
Pessoas que apresentam alta propensão a sofrer uma parada cardíaca que pode lhes levar à morte têm, no desfibrilador interno, um recurso inestimável para contornar o problema e aumentar o tempo e a qualidade de vida.
É importante saber que existem cuidados a serem tomados pelo paciente que irá implantar um desfibrilador interno. Um deles é que, assim como os marcapassos, e desfibriladores internos também podem sofrer interferência de ondas eletromagnéticas emitidas por equipamentos eletrônicos.
Ou seja, se a pessoa que implantou um desfibrilador interno sentir qualquer tipo de mal-estar em um local onde é possível interferência eletromagnética, recomenda-se o afastamento imediato do lugar em questão.